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Revista Viração

Democracy

Revista independente, mensal e nacional produzida por adolescentes e jovens de forma colaborativa e educomunicativa

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Educadora italiana faz imersão na Viração

Entusiasmo, simpatia, vontade de compartilhar e aprender... Em menos de uma semana, a equipe da Viração já pode perceber essas e outras qualidades da jornalista e educadora italiana Carla Renieri, que passa uma temporada em São Paulo para acompanhar e conhecer as atividades da organização. Pela primeira vez no Brasil, o calor típico do clima tropical brasileiro não parece desanimar a visitante, interessada em vivenciar plenamente a estadia no país.

Na Itália, Carla trabalha com crianças que possuem necessidades especiais físicas e psicológicas. Faz intervenções educativas utilizando comunicação alternativa aumentativa como metodologia, que auxilia pessoas com deficiência a se apropriarem da linguagem, amenizando as dificuldades com a fala ou escrita. Formada em Jornalismo, Carla sempre teve interesse por Educação. Então, cursou uma segunda faculdade para tornar-se educadora.

Durante um curso sobre direitos de crianças e adolescentes na Itália, teve contato com Paulo Lima, direitor executivo da Viração que vive no país europeu, por meio do qual conheceu o projeto. “Apesar da realidade brasileira, percebe-se que é possível fazer coisas incríveis. Me aninei muito em fazer uma pesquisa sobre coisas que funcionam”, disse. Nascia a vontade de conhecer um projeto diferente em um país desconhecido. “O que me interessava era sair da Itália para sentir a diferença na pele da diversidade. Precisava viver a diferença de um país diferente”, completa a visitante.

Ela conta que na Itália, há a predominância do pessimismo, que faz com que certas situações não mudem. Ela destaca a importância de sonhar e de estimular o sonho entre os mais jovens. “Na Itália falta o sonho. É como se não alimentassem a vontade de sonhar. É a fantasia e a critaividade que fazem as coisas serem diferentes.”

A educomunicadora italiana conta que quando tinha 22 anos despertou para a necessidade de ter uma postura mais ativa. Ela compara a sua transformação a um braço antes imóvel, que necessitou de fisioterapia pra se movimentar e desempenhar suas funções.

Carla entende pouco o português, assim como a equipe da Viração pouco entende o italiano, mas a ideologia e o amor pela educação parecem dissolver as barreiras existentes devido à diferença entre as línguas. A estada de Carla em São Paulo será de dois meses. Periodicamente, ela publica em sua página na rede social Phyrtual um diário de bordo, em italiano, sobre sua imersão na Vira. Para quem entende o idioma do povo mais romântico do mundo, vale a pena conferir!  

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